A Índia, segundo país mais povoado do mundo com mais de 1,1 bilhão de habitantes, está preocupada com sua explosão demográfica e prepara um plano para levar preservativos a todas as residências dos 600 mil povoados do país.
"Os anticoncepcionais já estavam disponíveis de graça em hospitais e farmácias, mas, para promover o uso, planejamos distribuí-los ou, melhor, vendê-los porta por porta", explicou à Agência Efe um porta-voz do Ministério da Saúde, Dheeraj Singh.
Uma organização humanitária que tem ativistas locais (chamada "Asha", esperança em hindi), preferencialmente através de um voluntário próximo à comunidade, será responsável por convencer os moradores da utilidade da prevenção.
"Se as pessoas compram em vez de receber de graça, a possibilidade de não usarem será menor", refletiu o porta-voz.
As ativistas de Asha - que ficará com 20% da venda dos preservativos, com um preço subsidiado - são pessoas em quem as comunidades rurais "confiam".
Singh esclareceu que o plano ainda se está sendo elaborado e estimou que deve ser iniciado no final deste ano com um teste em um número limitado de povoados.
O secretário-geral da associação de planejamento familiar, Vishwanath Koliwad, viu com bons olhos o plano e ressaltou a importância da informação sobre o preservativo.
"É uma boa iniciativa. As pessoas sabem da existência dos anticoncepcionais, mas é importante informar sobre seu uso e vantagens", disse à Agência Efe Koliwad.
Isso é "mais possível" mediante o diálogo direto, por isso as ativistas de Asha são uma boa opção, acrescentou.
"Também é necessário que as pessoas se desfaçam da timidez na hora de comprar os preservativos", concluiu.
O programa foi idealizado pelo ministro da Saúde, Ghulam Nabi Azad, que rejeitou a opção de fazer uma lei para o controle demográfico.
Para o ministro, a iniciativa "ajudará a controlar a população, que deve chegar a 1,19 bilhão em 2011", segundo uma fonte governamental.
O último censo indiano, realizado em 2001, situou o total da população em um pouco mais de 1,1 bilhão de habitantes, mas o próximo está previsto para 2011 e espera-se que o crescimento populacional tenha reduzido.
Segundo um relatório do Ministério da Saúde, mais de 37 milhões de pessoas fizeram uso, entre 2008 e 2009, de métodos de "planejamento familiar": quase 18 milhões usaram preservativo, seguido pela pílula anticoncepcional (8,4 milhões), dispositivos intrauterinos (6 milhões) e esterilização (5,3 milhões).
A taxa de natalidade do país, segundo dados de 2005, é de 2,6 filhos por mulher.
Mas boa parte da população, particularmente nas zonas rurais, segue resistente ao uso de métodos anticoncepcionais, e muitas famílias tentam abortar quando descobrem que o feto é de sexo feminino.
O aborto e o assassinato de meninas com poucos anos são um dos fenômenos que mais preocupam as organizações de direitos humanos.
Na Índia, o filho homem perpetua a linhagem, herda a propriedade e tem o dever de cuidar de seus pais quando envelhecem, enquanto o dote que as famílias devem pagar quando a filha se casa é tão alto que muitas delas não querem ter meninas.
Na Índia, as ultrassons para determinar o sexo do bebê são proibidas, com o objetivo de evitar abortos, mas, muitas vezes, são realizadas clandestinamente.
a A Globarização esta chegando na India...Hare baba,
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/09/india-prepara-plano-para-levar-preservativos-a-todo-o-pais.html
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
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